sábado, 30 de maio de 2009

Primeiro estudo de uma rota para a Ásia - parte 1

Começamos com o trajeto do Expresso Trans-Manchuriano, descrito no post de ontem.

30/06 - Moscou - Início Trans-Manchuriana
01/07 - No trem
02/07 - No trem
03/07 - No trem
04/07 - Chegada a Irkutsk (Sibéria)
05/07 - Irkutsk
06/07 - Irkutsk
07/07 - Irlutsk - Partida para a Mongólia
08/07 - No trem
09/07 - Ulaanbaatar (Mongólia)
10/07 - Karakorum
11/07 - Bayan (Deserto de Gobi)
12/07 - Elstei
13/07 - Ulaanbaatar
14/07 - Ulaanbaatar - Partida para Pequim
15/07 - Pequim

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O Expresso Trans-Manchuriano




Dentre os, como assim dizer, "highlights" desta viagem de volta ao mundo, a travessia no Expresso Trans-Manchuriano, sempre foi o meu predileto.



O trajeto mais curto entre Moscou e Pequim dura seis dias e 27 minutos, percorrendo 8961 km, ao longo de sete zonas de fuso horário.



Operadoras de turismo oferecem múltiplas opções com várias paradas e atividades em cada uma delas. Eu optei por um trajeto que passa pelo deserto de Gobi, na Mongólia e tem duracão de 16 dias, com as paradas.
É assim:

Dia 1 - Embarque às 23:53 na estação de Yaroslavsky, em Moscou.
Dia 2 - Travessia dos Montes Urais.
Dia 3 - Travessia do Rio Ob, passando por Novosibirsk, já ná Sibéria.
Dia 4 - A bordo, cruzando a Sibéria Central.
Dia 5 - Chegada na cidade de Irkutski, situada às Margens do Lago Baikal, um dos maiores e mais antigos lagos do mundo.
Dia 6 - Irkutsk.
Dia 7 - Irkutsk.
Dia 8 - Irkutski, partida à noite rumo à Mongólia.
Dia 9 - O trem contorna o Lago Baikal e pega o rumo sul, em direção à Mongólia.
Dia 10 - Chegada à Ulaanbaatar, Mongólia. Em seguida partida para Bayan, no Deserto de Gobi, onde pernoita-se numa tenda com nômades como o da foto lá em cima.
Dia 11 - Partida para Karakorum, importante cidade histórica mongol.
Dia 12 - Bayan (Deserto de Gobi)
Dia 13 - Elstei
Dia 14 - Ulaanbaatar
Dia 15 - Partida de Ulaanbaatar para Pequim, cruzando a fronteira com a China à meia-noite.
Dia 16 - Chegada em Pequim.


O pacote com hospedagem custa mais ou menos 2.000 Euros. Não acho muito caro, pouco mais de 100 Euros por dia.



quinta-feira, 28 de maio de 2009

Meio do ano, meio da viagem

No dia 30 de junho de 2010 quando eu embarcar na estação de Yaroslavsky, em Moscou, rumo à Pequim, no Expresso Trans Manchuriano, inicia-se um mergulho rumo à metade final desta viagem de volta ao mundo. Sem dúvida a etapa mais difícil, mais rica, mais fascinante e imprevisível.
É preciso estudar a fundo Ásia, Oceania e África, para não fazer um mergulho no escuro.

De qualquer forma, a partir de amanhã começo a publicar um primeiro esboço de rota para a Ásia.



A estação de Yaroslavsky, em Moscou. Ponto de partida para o Oriente.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

terça-feira, 26 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Rota (definitiva?) para a Europa - parte 3

Retomando:

03/06 - Berlim - Praga
04/06 - Praga
05/06 - Praga
06/06 - Praga
07/06 - Praga
08/06 - Praga - Budapeste
09/06 - Budapeste
10/06 - Budapeste
11/06 - Budapeste
12/06 - Budapeste
13/06 - Budapeste - Atenas
14/06 - Atenas
15/06 - Atenas
16/06 - Atenas
17/06 - Atenas - Santorini
18/06 - Santorini
19/06 - Santorini
20/06 - Santorini - Istambul
21/06 - Istambul
22/06 - Istambul
23/06 - Istambul
24/06 - Istambul - Moscou
25/06 - Moscou
26/06 - Moscou
27/06 - Moscou
28/06 - Moscou
29/06 - Moscou

domingo, 24 de maio de 2009

Não é bom...

atualizar, bêbado, um blog...

sábado, 23 de maio de 2009

Amanhã

será outro dia (óbvio, né?)...

sexta-feira, 22 de maio de 2009

10 mil

A quem interessar possa:

Hoje este blog ultrapassou a marca de 10 mil visitas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

"O Paraíba" no jornal

O jornal O Globo publicou uma matéria sobre a sessão de "O Paraiba" para paraibanos ilustres. Foi uma sessão importante, a primeira vez que o filme foi assistido por mais de 20 pessoas, em uma sala escura e uma projeção em tela grande.

Acho que meus conterrâneos gostaram...



Como não dá pra ler devido à ridícula limitação de tamanho de fotos deste medíocre blogspot, vou ter um puta trabalho de transcrever a matéria. Pode ser uma boa oportunidade para dar uma mexidinha no texto aqui e acolá...


João Pimentel

No dia 12 de março de 1970, em Campina Grande, nasceu o cineasta Samir Abujamra. Além do nome, de origem árabe, os seus cento e tantos quilos distribuídos por seus quase metro e noventa de altura já indicam que ele nasceu ali por acaso. Filho de um engenheiro transferido para a cidade paraibana para construir a rodovia que liga Campina Grande à região do Brejo Paraibano, Abujamra deixou o nordeste com apenas quatro meses, sem pronunciar uma palavra sequer. Há seis anos, com 33 de idade, ele, que quando criança tinha vergonha de sua carteira de identidade, decidiu conhecer a terra natal numa viagem insólita que resultou no documentário "O Paraíba", que teve uma sessão informal na terça-feira, no Teatro Oi Futuro, para paraibanos ilustres como o diretor de fotografia Walter Carvalho, o artista plástico Antônio Dias, o cantador e cordelista Mestre Azulão e Lacerda, garçon famoso das noites do Baixo Gávea.
Antes da sessão, Abujamra agradeceu a presença de todos mas, em meio ao blablablá típico dessas apresentações, foi interrompido, primeiro por Carvalho que bradou: "A Paraíba é o centro do mundo. A grécia antiga começou ali!" Em seguida, ao ouvir que a trilha sonora do longa seria composta por André Abujamra, primo de samir, Mestre Azulão não se conteve:
- Já que o filme foi feito na Paraíba, por que a trilha não é de cantadores? Se quiser uma coisa mais autêntica, se precisar de um violão, eu tenho aqui - disse o artista nascido em Sapé, terra de Augusto dos Anjos, que veio para o Rio aos 17 anos, estreou no programa de rádio de Almirante com Cego Aderaldo e, tempos depois, fundou com amigos retirantes a Feira de São Cristóvão.
O filme começa com a informação de que o autor partiria para Campina Grande munido de uma quase total falta de informações. Sua única referência era uma entrevista com os pais, Rosamaria e Samir, que se lembravam de pouca coisa dos anos que viveram por lá. A mãe lembrou o nome do obstetra que fez o parto, Doutor Everaldo, que propiciou um dos encontros curiosos do filme, e da casa pequena, de esquina, em que moraram. "Era uma casa enorme...", discordou o bem-humorado Samir, o pai.
A viagem começa no táxi em direção ao Aeroporto Internacional Tom Jobim e, neste trajeto, já se percebe o conceito do projeto. Abujamra filma o taxista, pede para ser filmado e, perguntado em que lugar se hospedaria, responde: "Sei lá!". É isso. Em mais de uma hora de filme, ele trabalha com a câmera na mão ou com uma equipe de apoio absolutamente amadora. O taxista que o acompanhou nas andanças paraibanas e o guia filmaram, foram assistentes, diretores de fotografia e roteiristas.


Uma viagem a um tempo que o cineasta não conheceu

Abujamra invade estabelecimentos com a câmera, visita a casa em que os pais viveram (hoje o consultório de um dentista pra lá de exótico), encontra seu registro de nascimento e, munido da velha certidão faz uma nova carteira de identidade. Ele atravessa a rodovia construída por seu pai, visitando cidades numa viagem a um tempo que não conheceu.
- O filme traz uma emoção e uma melancolia de uma pobreza natural do interior. A cena da feira em que um senhor vende pedaços de peças eletrônicas que ele não sabe pra que servem é simbólica - disse Carvalho.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Rota (definitiva?) para a Europa - parte 2

Vamos ao que interessa:

02/05 - Paris -Monte Carlo
03/05 - Monte Carlo
04/05 - Monte Carlo - Roma
05/05 - Roma
06/05 - Roma
07/05 - Roma
08/05 - Roma
09/05 - Roma - Florença
10/05 - Florença
11/05 - Florença
12/05 - Florença - Veneza
13/05 - Veneza
14/05 - Veneza - Zagreb
15/05 - Zagreb
16/05 - Zagreb
16/05 - Zagreb
18/05 - Zagreb
19/05 - Zagreb - Amsterdam
20/05 - Amsterdam
21/05 - Amsterdam
22/05 - Amsterdam
23/05 - Amsterdam
24/05 - Amsterdam - Oslo
25/05 - Oslo
26/05 - Oslo
27/05 - Oslo
28/05 - Oslo - Berlim
29/05 - Berlim
30/05 - Berlim
31/05 - Berlim
01/06 - Berlim
02/06 - Berlim

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sessão especial de "O Paraíba".

Estou correndo contra o tempo, pilhado, nervoso, tentando terminar a tempo a cópia para a sessão especial de "O ParaÍba". Será uma sessão para Paraibanos ilustres, no teatro do OI Futuro.

Só cabra arretado na parada!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Claro, VAI TOMAR NO CÚ!!!

Eu odeio a Claro!
Morte à Claro!
Um bando de filhos da puta!
Ladrões!
Empresinha de merda, sempre fudendo os clientes.

NUNCA COMPRE UM 3 G DA CLARO!!!!!

domingo, 17 de maio de 2009

Rota (definitiva?) para a Europa - parte 1

Em 31 de março embarco em Montreal, com destino a Lisboa, para o início da parte européia desta viagem.

01/04 - Lisboa
02/04 - Lisboa
03/04 - Lisboa
04/04 - Lisboa
05/04 - Lisboa - Porto
06/04 - Porto
07/04 - Porto - Madri
08/04 - Madri
09/04 - Madri
10/04 - Madri
11/04 - Madri - Granada
12/04 - Granada
13/04 - Granada - Barcelona
14/04 - Barcelona
15/04 - Barcelona
16/04 - Barcelona
17/04 - Barcelona - Dublin
18/04 - Dublin
19/04 - Dublin
20/04 - Dublin
21/04 - Dublin - Londres
22/04 - Londres
23/04 - Londres
24/04 - Londres
25/04 - Londres
26/04 - Londres
27/04 - Londres - Paris
28/04 - Paris
29/04 - Paris
30/04 - Paris
01/05 - Paris

sábado, 16 de maio de 2009

Back in track

Após muitos devaneios, divagações e elucubrações, amanhã retornaremos à rota desta viagem de volta ao mundo.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Wait Until Spring, Bandini

Esse é o título de um livro de um de meus autores favoritos, John Fante. O "Bandini" do título é Arturo Bandini, alter-ego de Fante, assim como ele filho de pobres imigrantes italianos nos Estados Unidos. Assim como Fante, Bandini foi tentar a vida como roteirista em Hollywood.

Assim como Bandini, eu espero a primavera.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Andei relendo os últimos posts...

Este blog está tão confuso quanto seu autor...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Depressão

Digitei "depressed" no google images. Deu nisso aí:
















Esse último aqui, não sei não... tá mais pra brocha do que pra deprimido...

Prozac e Viagra nele!!

domingo, 10 de maio de 2009

Em busca do ânimo

Não posso deixar o desânimo se abater sobre este projeto.

sábado, 9 de maio de 2009

Dinheiro rápido, missão (quase) impossível

Eu não escrevi aqui, mas umas duas semanas atrás tive uma primeira reunião com uma instituição que patrocina projetos culturais. Preparei uma apresentação do projeto de viagem e mostrei para eles. Na verdade, falei com um cara que faz um trabalho de curadoria lá, e é meu amigo. 

Els gostou do projeto e existe uma chance real de algum tipo de patrocínio. Boa notícia, mas existe um sério problema: o tempo que leva-se em um processo desses.

Qualquer projeto cultural com dinheiro empregado através de renúncia fiscal, via leis de incentivo, não demora menos do que um ano - em muitos casos o dobro disso, até a  obtenção dos recursos,  mesmo quando existem patrocinadores. 

Fica-se à mercê de uma burocracia infinita e sempre é um desespero quando aproxima-se a data da estréia (em nosso caso, da partida), e o dinheiro não sai.

Resumindo, a chance de meter a mão na massa até final de outubro, começo de novembro - o que seria uma data limite para o embarque em 1º de janeiro - é ínfima.

Uma chance, também improvável, é alguém ou alguma instituição preencher um cheque e me dar, sem renúncia fiscal, utilizando seu próprio caixa, o denominado "dinheiro bom".

Acho esse tipo de assunto um saco, mas não posso me furtar a comentar com meus poucos leitores o que tem se passado pela minha cabeça, na iminência de tomar alguma decisão radical.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Amargo regresso

SPC, here I am again...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

De Como Meu Pau Fez Meu Coração Parar (parte 1)

Exatamente onze anos atrás, no dia sete de maio de 1998, meu coração parou.
Relato agora a sucessão de acontecimentos que levaram à minha EQM – Experiência de Quase Morte, e as posteriores conseqüências do ocorrido.

Tudo começou alguns dias antes, numa manhã de domingo, mais precisamente no bar Jobí, no Leblon, onde havia aportado com um amigo que, assim como eu, estava bastante embriagado. Duas moças bebiam em uma mesa no fundo do estabelecimento. Não as conhecia, mas uma delas era amiga de meu companheiro de bebedeira. No curto espaço de tempo entre tomar dois derradeiros drinques e sermos varridos para fora do bar, convenci a amiga de meu amigo a acompanhar-me até minha casa.

Lá chegando, fomos trepar. De camisinha, tudo como manda o figurino.
Até que...
Senti uma dor intensa no pau e, instintivamente, tirei-o para fora. A camisinha estava totalmente escura. Em pânico, arranquei-a de um só golpe. Era sangue. Muito sangue, que esguichava em jatos sobre a pobre moça. Desesperado, ainda fiz a ridícula pergunta – “esse sangue, é seu?” Ela, atônita, respondeu – “não, é seu...”
Saí correndo para o banheiro, deixando um rastro de pesadas gotas pelo chão de madeira. Meu quarto parecia uma “crime scene” de filme americano.

Entrei debaixo da água quente. Me esvaía em sangue, literalmente. Estava a ponto de desmaiar quando a moça, em um lance de genial presença de espírito - dadas as bizarras circunstâncias - sugeriu o óbvio: que eu ligasse a água fria. A medida surtiu efeito e, com a ajuda de uma toalha, o sangue começou a ser estancado. Eu, aturdido, tentava entender o que tinha ocorrido.
Só fui saber no dia seguinte, durante uma consulta médica.

O urologista que me examinou era um velho conhecido, o Dr. Napoleão. Ele era amigo de meu pai e havia me curado de duas gonorréias, quando eu tinha uns 15 anos.

Após um rápido exame no combalido membro, o Dr. Napoleão explicou o que tinha acontecido. Durante o fatídico coito, eu havia sofrido um rompimento do freio bálano-prepucial, o popular cabresto, uma ligação de pele similar à que todos nós temos debaixo da língua (menos aquele cara do Kiss...).
Ora, para o pau ficar duro é necessária uma vigorosa irrigação sanguinea e, no interior da membrana do freio passa uma artéria, chamada artéria frenular. Havendo rompimento, meu camarada, é sangue pra todo lado.

Perguntei o que tinha que ser feito e ele disse que era necessária uma operação de fimose, uma circuncisão. Quis saber como era o procedimento, e ele me explicou que “o normal, o que fazem por aí, é com anestesia local, uma injeção na cabeça do pau”, já estava ficando verde, quando ele arrematou – “já o que eu faço é diferente, eu uso anestesia peridural, da cintura para baixo, e faço uma plástica no pau”. Impressionado com as palavras e o conhecimento catedrático do Dr. Napoleão, ainda indaguei se não havia como dar uma aumentadinha.

Saí do consultório com a cirurgia marcada para dali a quatro dias, feliz diante da possibilidade de ter um pau novinho em folha.

(continua amanhã)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Um Ano No Mundo

Este projeto já tem um nome provisório e uma marca provisória, feita pela Clara Tarran - minha amiga mais linda e marrenta.


terça-feira, 5 de maio de 2009

V for Verônica

Uma de minhas poucas leitoras deixou um comentário muito significativo que transcrevo abaixo.

"Samir, eu sou mochileira. Tava pesquisando e escrevendo sobre Volta ao Mundo qdo encontrei seu blog. Meu, você pretende viajar em qual categoria? A, B, M, ou F...? Pelo q vi nos seus primeiros posts, a viagem tá com um valor muito alto. Iria uma equipe com vc? Já pensou em fazer um Lonely Planet de verdade, sem apoio? Tudo bem, vc podia ter alguém aqui te respaldando, mas acho q dá pra vc fazer uma viagem bem legal e divulgável de uma forma mais possível à população. Algo que alguém visse e dissesse, "pô, eu tenho essa grana! É só vender meu carro!" Fica até mais atraente. Bom, só queria dizer. Tô torcendo pra q dê certo seu projeto. V for Verônica "

Antes de responder à moça, dei uma investigada e descobri que ela tem um blog sensacional chamado "Viaje que te ajuda!".

Bem, Verônica, primeiramente devo dizer que sinto-me extremamente lisonjeado por seu acompanhamento deste projeto. Também devo dizer que estou em crise com tudo isso, justamente em questões relativas à obtenção de grana para a viagem e tal. Eu não sou um mochileiro comme il faut. Apesar de ser durango, prefiro mil vezes um hotel cinco estrelas a um albergue. O que não quer dizer que eu não ficaria em um albergue, ou mesmo no meio da rua, se for o caso. Tudo vale a pena quando o assunto é sair por aí, mundo afora. Eu imagino minha viagem como um grande projeto artístico fundamentado na própria experiência pessoal de fazer a viagem em si, e na produção de conteúdo durante o trabalho. Sim, encaro isso como um trabalho, mas, apesar de ser fudido, luto há muitos anos para poder fazer o que gosto e portanto, não trabalhar, afinal de contas Confúcio já dizia que o homem que faz o que gosta, não trabalha.

Justamente por ser um projeto artístico, a viagem está prevista para ser realizada ao longo de um ano, começando em 1º de janeiro e terminando em 31 de dezembro. Quero explorar meu próprio sentimento de solidão, euforia e exaustão durante este período. Daí o projeto de fazer um planejamento extremamente minucioso da viagem, deixando muito pouco espaço para mudanças de plano repentinas, causadoras que seriam de um verdadeiro efeito dominó, como já comentei aqui no blog.

Vou viajar sozinho. Sou o próprio cavalo em que monto. Sou minha própria equipe, filmando, fotografando e escrevendo diariamente. Estarei coletando material para duas exposições, escrevendo um blog, escrevendo um livro e realizando um pequeno vídeo a cada semana (gravando, editando e transmitindo para exibição).

Sobre grana...
Não tenho mais carro, dei ele pro meu irmão na enésima vez em que fui achacado pela polícia.
Eu acho super válido, e penso na possibilidade de viajar sem grana. Ocorre que muito do conteúdo que eu pretendo produzir na viagem (exposições, peças para TV, etc.) é similar a projetos que realizei remuneradamente nos últimos anos. Já tive um blog num site com um milhão de acessos por dia (Globo On Line), um programa de TV (Essa História Dava Um Filme - Multishow), fiz exposições em espaços importantes (Oi Futuro, CCBB) e galerias de arte.
Sendo assim acho que eu tenho alguma chance de conseguir um apoio.
Acho, pois essas coisas são muito imprevisíveis.

Apesar de não ter publicado a rota completa aqui, eu já tenho um esboço para os 365 dias. São 57 países, não é brincadeira. Muitas coisas caras estão previstas, como uma ida às Ilhas Galápagos, uma excursão ao Alaska para ver a Aurora Boreal, acima do círculo polar Ártico, o Expresso Transmanchuriano entre Moscou e Pequim, uma visita às Ilhas Cook, no Pacífico, um passeio de balão na África, etc, etc, etc.
Se eu deixaria de ir por não ter grana para ter todos esses "highlights"? Claro que não! Agora, minha proposta é fazer um planejamento minucioso que inclua tudo isso. Ainda nem comecei a orçar o projeto, mas pretendo ter um valor real para o empreendimento, e tentar arrumar essa grana. Se não conseguir, parto para um plano B, como escrevi aqui poucos dias atrás.

Eu acabei de ler um livro maravilhoso, que eu já tinha há muitos anos, mas só agora pude lê-lo de cabo a rabo: "O Último Lugar Da Terra". de Roland Huntford (Cia das Letras). O livro conta a competição entre Amundsen e Scott pela conquista do Pólo Sul. Em suas 700 páginas, é traçado um paralelo entre a preparação e a determinação nórdica de Amundsen, e a velha fleugma britânica de Scott. Preparação, conhecimento, estratégia. É assim que eu pretendo fazer essa viagem.

Tenho 39 anos. Vi que você tem 35. Não tenho mulher, nem filhos. Imagino que você também não tenha filhos...
"Nada me prende a nada. Quero cinquenta coisas ao mesmo tempo." Esses versos de Álvaro de Campos são uma quase verdade na minha vida. Comecei a perceber que sim, estou preso a pelo menos uma coisa, à minha própria carreira. Essa viagem, portanto, além de todo o caráter de uma verdadeira epifania, não pode estar dissociada de meu trabalho. Como meu trabalho diz respeito à minha própria experiência pessoal, basta partir, desde que dentro de um fundamento profissional que acaba fundindo-se com o próprio desejo pessoal de ter essa experiência única.

Vinha sendo muito tentado a simplificar e minimizar a viagem que eu idealizei. Agora, tomei a decisão de ir até o fim no planejamento dessa viagem "ideal", mesmo que nunca a realize.
Se, de fato, a viagem planejada e preparada neste blog não acontecer, no mínimo terei um livro chamado "Preparativos Para Uma Viagem De Volta Ao Mundo".

E a partir daí, quem sabe não vou fazer outra viagem de volta ao mundo?

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Em breve: Bomba!


Não tardarei a detonar uma bomba aqui neste blog.

Quem viver verá!

domingo, 3 de maio de 2009

Domingo na Serra

Nada para fazer, a não ser pensar na puta da minha vida...

sábado, 2 de maio de 2009

Breve viagem

Estimados leitores,

Viajo hoje para Secretário, aqui perto, no estado do Rio.

Volto segunda. Lá, vou tentar pensar na vida.

Amanhã tento escrever alguma coisa.

Aliás, ninguém comentou nada sobre meus atuais dilemas em relação à este projeto...

Oh, mundo cruel!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí!



Essa porra aqui vai virar uma quitanda na Rua da Alfândega!

Arrumou, levou!

É o meu sangue de árabe comerciante safado, falando mais alto!

Qualquer um que arrumar qualquer dinheiro para este projeto leva uma comissão (à combinar...)