terça-feira, 2 de junho de 2009

Impressões de uma viagem ao Japão - parte 1

Prólogo

Desde criança tinha muita vontade de conhecer o Japão. Meu pai, filho de sírio-libaneses foi criado no meio da colônia japonesa, no interior do Paraná. Ele começou a jogar beisebol com os pequenos nisseis. Levou a sério e chegou a capitão da seleção brasileira, tendo jogado os Jogos Panamericanos de Chigago (1959) e São Paulo (1963) Meu pai era o único Gaijin (estrangeiro) de todos os times em que jogou. Assimilou fortemente a cultura japonesa, fala bem e me levou pra comer sashimi na Liberdade, em São Paulo, quando eu tinha uns sete anos de idade e ninguém, em sã consciência admitia comer peixe cru.

Depois, na quinta-série, havia uma menina japonesa linda na minha sala. Eu era apaixonado por ela. Uns anos depois, já adolescente, consegui convencê-la a sair comigo e acabei levando-a até minha casa. Nervoso, dei um beijo nela. Liguei a vitrola e peguei o LP do David Bowie. Faixa 2, China Girl. Ela não achou a menor graça. Eram os anos 80 e eu só ia comer uma japonesa uma década depois...

Assim, quando meu primo Marcio Aith foi ser o correspondente da Folha de São Paulo em Tokyo, houve a oportunidade tão esperada de conhecer a terra do sol nascente. Embarquei em janeiro de 1999 para uma estada de 20 dias em Tokyo e Kyoto.

Um comentário:

  1. Marcio Aith não aguentou o Japão. Abandonou o posto de correspondente da Folha e fugiu para Washington...

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