sábado, 24 de janeiro de 2009

Esmiuçando a rota para a América do Sul - parte 1

Uma simulação mais ou menos factível:

Primeiro de janeiro de 2010, sexta-feira. Acordo excitado e numa terrível ressaca. Todo o planejamento de pegar leve na noite de Ano Novo - minha derradeira em solo pátrio pelos próximos 365 dias, foi em vão. Tenso, começo a checar, pela milésima vez, minha mala e meus equipamentos. Passagens, documentos, cartões de crédito, dinheiro, passaporte, uma caralhada de coisas. O telefone não pára. Meu mau humor beira o insuportável. A serotonina e a adrenalina oscilam qual o gráfico de um eletrocardiograma. Aliás, quem sabe não é uma boa idéia dar um pulinho lá no Procardíaco, só pra dar uma conferida? A caixa de remédios é remexida mais uma vez: um suprimento de Adnax para o ano inteiro, Rivotril gotas, Rivotril comprimidos, Aspirina Prevent, algum hipnótico (Dormonid, Aprazolan, etc.) , um antibiótico de última geração para combater uma possível inflamação crônica na garganta, alguns Cialis e camisinhas (é, também posso ser otimista) e o aparelho portátil de tirar a pressão.
O vôo para Montevidéu parte às 17:45. O táxi está marcado para às 15:15. O filho da puta do motorista chega às 15:00 e toca o interfone. Eu estou tomando banho. Alguém está me ajudando com a mala. Coitada dessa boa alma. Qual um bucéfalo distribuo coices no ar. Uivo e vocifero. Saio do banho e começo a suar. Desço às 15:29 com uma insuportável sensação de estar esquecendo algo fundamental. Na Lagoa, passando a curva do Calombo em direção ao Túnel Rebouças - num átimo, relaxo por completo. Todas as questões de ordem prática desaparecem. Esboço um sorriso.
A viagem, de facto, começou.



Chego em Montevidéu onde fico por 4 dias (3 noites). Vou conhecer a cidade. No domingo, 3/01, pego um barco e atravesso o Rio da Prata rumo à Buenos Aires. A viagem dura 3 horas. Fico em Buenos Aires, cidade que conheço bem, apenas por 3 dias (2 noites).
Da capital rumo para El Calafate, na Patagonia Argentina, na dia 06/01 (quarta-feira). O vôo direto dura 3:13 horas. A grande atração de El Calafate é o Glaciar Perito Moreno, a maior geleira do continente.


Blocos de gelo de 60 metros soltam-se intermitentemente há milhões
de anos, no Glaciar Perito Moreno, na Patagonia Argentina.

Dois dias depois, na sexta-feira, 8/01, pego um vôo para Ushuaia, na Terra do Fogo. De lá embarco em uma viagem de navio até Punta Arenas no Chile. O cruzeiro dura quatro dias, passando pelo Cabo Horn e prosseguindo pelo meio dos glaciares até seu destino final (Aqui, o link para a operadora do cruzeiro). De Punta Arenas vou de ônibus até Puerto Natales, onde fica o sensacional Parque Nacional Torres del Paine. Dois dias depois, em 15/01, retorno até Punta Arenas de onde parte o vôo para Santiago, com duração de 3:20 horas.

Amanhã, Deserto de Atacama, Bolívia e Peru.

Vale a pena ver de novo!
Relato de uma viagem à Costa Oeste dos EUA - capítulo 10

2 comentários:

  1. Oi Samir,
    Adorei o kit sobrevivência, com Rivotril e etc...
    Vc faz parte do meu bloco, Unidos da Tarja Preta!
    Estou adorando acompanhar sua viagem. Estou curiosa com o Deserto de Atacama...
    Bjs,

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  2. Uma sugestão, não deixe de ir a Pasárgada. "lá sou amigo do rei..."

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