domingo, 25 de janeiro de 2009

Esmiuçando a rota para a América do Sul - parte 2

Sexta-feira, 15 de janeiro de 2010.
Estou em Santiago. Passo o fim de semana na capital em um hotel bom. Vou estar moído e preciso me recuperar para a pedreira que vem pela frente: 17 dias percorrendo por terra (carro, ônibus e trem) enormes distâncias em elevadíssimas altitudes.
Na segunda, 18/01, pego um vôo para Calama (2:05 horas), onde fica o aeroporto mais próximo de San Pedro de Atacama (105 km por terra), cidade-base para atacar o deserto do Atacama. Fico no deserto até o dia 21/01 (quinta-feira).


O Atacama é o deserto mais árido e mais alto do mundo (2440 metros)

No Deserto de Atacama encontram-se vulcões, dunas, lagoas, gêiseres e bizarras formações rochosas, compondo uma paisagem quase extraterrestre. Fico lá por quatro dias (3 noites).
No dia 21/01 parto em uma viagem por terra até Uyuni, na Bolívia, atravessando o Salar, o deserto de sal do Altiplano Boliviano. O trajeto é percorrido em três dias, passando por uma das regiões mais inóspitas do planeta.


O Salar de Uyuni tem 12.000 km2 cobertos por camadas de 2 a 20 metros de sal.


O Salar é o habitat de três espécies de flamingos.

Chego em Uyuni dia 23/01 e na segunda-feira, 25/01 parto para La Paz. O trajeto não é moleza. Sete horas de trem até Oruro e depois 3 horas de ônibus até La Paz. Esta viagem pode ser caótica. Li alguns relatos tragicômicos de viajantes que levaram mais de 20 horas para completar o itinerário, devido aos enormes e constantes atrasos dos trens bolivianos e o lamentável estado das rodovias do país.
Fico em La Paz até o dia 28/01, quando pego um ônibus para Copacabana, localizada às margens do Lago Titicaca (3 horas de viagem). No dia 30/01 sigo para Puno, no Peru, também no Lago Titicaca (3:30 horas de viagem).
Em 01/02 deixo Puno e embarco de trem para Cusco, numa viagem de 9:30 horas. No dia seguinte, Machu-Pichu, de trem, com retorno a Cusco no mesmo dia.


Machu-Pichu ("velha montanha", em quíchua) foi "descoberta" em 24 de julho de 1911 por Hiram Bingham, historiador e aventureiro americano.

Fico em Cusco até quinta-feira (04/02) quando rumo para Arequipa. de avião (ufa!!) Eu tenho uma relação pessoal e afetiva com Arequipa, morei lá por quase seis meses, em 1980. Passei meu aniversário de dez anos na aprazível "Ciudad Blanca", assim chamada por suas casas construídas em rocha vulcânica.
Retorno 30 anos depois.


Arequipa está localizada no sopé do vulcão Misti. Lá eu fui feliz.

No sábado, 06/02, deixo Arequipa em direção à Lima, de avião. Fico na capital descansando, comendo ceviche e aproveitando as benesses do bom e velho nível do mar. Mas só até o dia 08/02, quando parto para Guaiaquil, no Equador.

Amanhã, Equador e Colômbia.

Vale a pena ver de novo!
Relato de uma viagem à Costa Oeste dos EUA - capítulo 11

3 comentários:

  1. Ola Samir,
    Fiquei impressionada com a beleza do Deserto de Atacama, Uyuni e Arequipa, sua cidade afetiva.
    Obrigada por estar proporcionando uma viagem como essa sem precisar sair de casa. Fico exausta só de pensar! Vc tem sido responsável por muitas gargalhadas.Valeu!!!
    Delicie-se com ceviche. Bons recuerdos de mi papa...Ele fazia como ninguém!
    Boa viagem! Mande notícias do Equador.
    Bjs,

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  2. Uau!
    É preciso muito preparo e resistência para essa maratona.
    E sabedoria.
    Aproveite Arequipa para resgatar as forças e memórias da infância: "Lá eu fui feliz".
    E, por favor, traga as receitas de ceviche. Existem algumas controvérsias sobre a origem desse prato; portanto, se tiver oportunidade, prove e nos conte depois.
    Ah! Será que pode trazer um pouquinho do sal do Salar??.....(psssst! Ambientalistas não podem saber! Chega de “duras”!)
    Bueno, delícia!

    Parabéns, leio e releio seus relatos. Quando acordo, quando durmo, quando acordo, quando durmo.....seja feliz em Arequipa. Arequipa é aqui!
    Bon voyage e bonne nuit!

    P.S: sempre quis conhecer o deserto de Atacama.
    Amo-te

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